Um crânio misterioso de 146 mil anos descoberto na China em 1933 gerou uma discussão intensa na comunidade científica: a que espécie de hominídeo o fóssil pertence? Várias hipóteses foram levantadas, sem consenso. Agora, finalmente temos uma resposta para esse impasse centenário – e ela resolve também outro enigma que dura há 15 anos: qual era a aparência dos denisovanos, nossos primos perdidos?
Dois novos estudos identificaram o “crânio de Harbin”, também apelidado de “crânio do homem-dragão”, como sendo um denisovano, contrariando a ideia anterior de que ele pertencia a uma espécie inédita e desconhecida. Com isso, pela primeira vez sabemos como eram as feições faciais deste nosso parente extinto.
Os denisovanos foram hominídeos do gênero Homo que habitaram principalmente a Ásia e conviveram com os sapiens – e procriaram com eles, já que muitos humanos modernos possuem um pouquinho de DNA denisovano, especialmente na Ásia e na Oceania.