O que aconteceu? O presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniram para discutir medidas para aumentar arrecadação em R$35 bilhões, através do setor de óleo e gás. A ideia é arrecadar R$20 bilhões em 2025 e R$15 bilhões em 2026. Para isso, o governo sugeriu a antecipação de pagamentos e/ou pagamentos mais caros por determinadas concessões. As principais medidas devem impactar (i) a metodologia dos preços de referência, visando incrementar em +R$3 bilhões/ano; (ii) revisão de regras de participação especial, aumentando a carga tributária em campos altamente produtivos e (iii) leilão de áreas excedentes como Tupi, Mero e Atapu (para arrecadar ~R$15 bilhões). (Poder360 e Genial)

Opinião Genial: A notícia é negativa para o setor e especialmente para Petrobras. A iniciativa do governo em focar a arrecadação através do setor de óleo e gás eleva o risco regulatório das companhias que operam nessa cadeia. O ambiente de incerteza cambial e preços de Brent mais baixos é ainda mais intensificado com a arrecadação antecipada do governo. O ambiente de alta volatilidade já mantém a companhia operando em um cenário adverso, de acordo com a diretoria, visando cortes de custos. Com esse fator adicional, a pressão sobre as margens, fluxo de caixa e pagamento de dividendos deve aumentar. Dessa forma, a elevação de riscos fere a tese, já atingida por recentes decisões que podem comprometer seu resultado (o recente anúncio do corte da gasolina, realizado ontem – 02/06).