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Desaprovação de Lula bate recorde após escândalo no INSS, mostra pesquisa Atlas
Publicado em 30/05/2025 12:35
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A corrupção passou a ser percebida como o principal problema no Brasil, superando a criminalidade, e foi de 47% das citações em abril para quase 60% em maio.

A desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 53,7% da população e registra o pior momento da gestão petista desde janeiro de 2024, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira (30). A imagem negativa de Lula teve um crescimento de sete pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de abril, e passou a 54% dos eleitores.

A piora na percepção sobre o governo e sobre o presidente foi registrada depois da divulgação de um amplo esquema de fraudes e desvio de recursos de aposentadorias e pensões do INSS. A corrupção passou a ser percebida como o principal problema no Brasil, superando a criminalidade, e foi de 47% das citações em abril para quase 60% em maio.

Entre abril e maio, houve um aumento da desaprovação do presidente Lula, de 50,1% para 53,7%. A aprovação passou de 46,1% para 45,4% nesse período.

Há pouco mais de um ano, em abril, a aprovação de Lula (50,3%) era maior do que a desaprovação (43,4). No entanto, desde novembro houve uma inversão nesse cenário e o percentual da população que desaprova o governo passou a ser maior do que aqueles que aprovam. O cenário mais preocupante para o governo até então havia sido registrado em março, com desaprovação de 53,6% e aprovação de 44,9%.

Os percentuais mais altos de desaprovação são registrados entre os evangélicos (72%), que estudaram até o ensino médio (63,8%), com renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (60,9%) e com idade entre 35 e 44 anos (69,8%).

 

Avaliação do governo

O governo Lula é avaliado por 52,1% como ruim ou péssimo, um aumento em relação a abril, quando a percepção era de 47,7%.

Aqueles que consideram a gestão regular são 6% (eram 9,6% no mês passado) e os que avaliam como ótima ou boa são 41,9% (eram 40,2%). Desde dezembro, a avaliação negativa - de ruim ou péssima - é maior do que a positiva.

A pesquisa foi feita entre 19 e 23 de maio com 4.399 pessoas pelo método “recrutamento digital aleatório”, pela internet. O levantamento tem margem de erro de um ponto percentual, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. A pesquisa consta no relatório “Latam Pulse”, em iniciativa conjunta entre AtlasIntel e Bloomberg, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.

 

Principais problemas

 

Os entrevistados foram questionados sobre os principais problemas do país. O mais citado foi corrupção, por 59,5% (eram 47% em abril), seguido por criminalidade e tráfico de drogas, com 50,2% das citações (eram 55%). Economia e inflação foram mencionados por 29,4% (eram 31% no mês passado). As pessoas que responderam ao questionário podiam citar até três problemas.

Desafios dos próximos seis meses

 

Questionados sobre quais os desafios os riscos que o país poderá enfrentar nos próximos seis meses, a maior citação foi “revelações sobre grandes fraudes ou esquemas de corrupção”, com 57% afirmando que será “muito provável”. Na sequência, aparece o “aumento de ataques ou assassinatos relacionados a facções criminosas”, com 52% dos entrevistados afirmando que será “muito provável”. Para 45%, também será “muito provável” o aumento de furtos e assaltos.

Expectativas econômicas

 

As pessoas que responderam a pesquisa se dividiram em relação à perspectiva econômica do país: 45% acham que vai melhorar, 44% avaliam que vai piorar e 11% disseram que vai ficar igual. Em relação ao emprego, a situação é semelhante, com a avaliação de 42% de que vai melhorar, para 41% vai piorar e 17% consideram que vai ficar igual.

 

Principais erros do governo

 

Entre os principais erros do governo, o mais citado foi o imposto sobre compras de até US$ 50 em sites do exterior, que ficou conhecido como a “taxa das blusinhas”, mencionado por 64% das pessoas que responderam. Para 51%, o maior erro foi a tentativa de fiscalização das transações via Pix somando mais de R$ 5 mil no mês.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

 

 

 

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