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Cabeça de ovo”: Moraes ironiza apelidos de militares durante julgamento no STF
Publicado em 21/05/2025 00:00
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Durante a sessão desta terça-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou o humor para reagir a apelidos atribuídos a ele por militares investigados no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado

Durante a sessão desta terça-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou o humor para reagir a apelidos atribuídos a ele por militares investigados no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado. Entre os termos encontrados pela Polícia Federal em mensagens interceptadas, um deles se destacou: “cabeça de ovo”.

As falas foram citadas por Moraes ao longo da leitura de seu voto sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa um grupo de militares de integrar um núcleo envolvido na articulação golpista. Em um dos trechos transcritos pela PF, o coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Júnior questiona: “Se a gente não tem coragem de enfrentar o cabeça de ovo, vamos enfrentar quem?”.

O ministro leu o conteúdo com ironia. “Eles também conseguiram fazer vários apelidos para esse ministro relator”, comentou Moraes, arrancando risos de colegas da Corte. O ministro Flávio Dino, que participava da sessão, entrou na brincadeira: “Quero dizer, vossa excelência, que o anterior é mais simpático: centro de gravidade. É mais simpático”.

A sessão, porém, teve momentos mais tensos. Em outro ponto, Moraes leu em voz alta uma das mensagens com palavrões enviados por um dos acusados. “Parece que a característica dos militares golpistas é a falta de educação aguda para poder ser promovido, talvez”, disparou o ministro, criticando o teor das comunicações.

O julgamento teve início pela manhã, com a apresentação do relatório da PGR e as sustentações orais das defesas dos 12 denunciados. Após as manifestações iniciais, a sessão prosseguiu com o voto do relator, que começou pelas questões preliminares levantadas pelos advogados. A subprocuradora-geral da República, Claudia Sampaio Marques, também participou da fase de argumentos.

 

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