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Divaldo Franco, um dos principais líderes espíritas do Brasil, morre aos 98 anos
Publicado em 14/05/2025 09:55 • Atualizado 14/05/2025 10:06
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O médium e líder espírita Divaldo Franco, que morreu nesta terça-feira (13), aos 98 anos, foi homenageado por artistas e autoridades políticas. A causa da morte ainda não informada, mas ele lutava contra um câncer na bexiga desde novembro do ano passado e, nesta noite, teve falência múltipla dos órgãos.

Através das redes sociais, Ivete Sangalo lamentou a morte do líder religioso e exaltou a trajetória de vida dele.

 

"Sua vida dedicada a abrigar, acolher e transformar tantos sem medir quaisquer esforços, sempre com doçura, sabedoria, resiliência e propósito, servirá de exemplo aqueles que assim como vc entendem a mensagem da caridade. Que honra estar nessa existência gozando da sua luz e sabedoria. Obrigada por sua linda caminhada, por todas as palavras de afeto e força".

 

Carlinhos Brown publicou uma foto com o médium e escreveu um texto para homenageá-lo.

 

"Para sempre, Divaldo. Ele, que já escutava entre os céus e a terra aqueles que buscavam se comunicar, para ditar em nós melhoramentos e correções precisas, para nos aproximar de Deus, da paz — agora mais do que nunca. Podemos recorrê-lo, chamar por ele. Ele nos escuta, em todo o afeto na sua volta para o feto".

Por meio de nota, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, também lamentou a morte de Divaldo.

 

“Recebo com profundo pesar a notícia do falecimento de Divaldo Franco, um dos maiores líderes espirituais do Brasil e um exemplo de dedicação à caridade, à paz e à promoção da dignidade humana. Sua partida deixa uma lacuna irreparável, mas seu legado de amor e serviço ao próximo permanecerá vivo por gerações”.

 

Bruno Reis também expressou solidariedade aos familiares, amigos e admiradores do médium. “Que sua luz continue a nos inspirar na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e compassiva”, finalizou.

O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, prestou uma homenagem a Divaldo Franco.

“Lamento muito a morte de Divaldo Franco, um dos maiores líderes religiosos do Brasil. Carismático e atencioso com todos, Divaldo Franco sempre foi um defensor intransigente da paz, do respeito, da tolerância e da convivência harmoniosa entre todos os seres humanos”.

 

O ex-prefeito também destacou a importância da Mansão do Caminho, obra social criada por Divaldo na capital baiana. “Para quem não conheceu, vale a pena visitar a Mansão do Caminho, em Salvador, obra grandiosa que ele ajudou a construir, onde acolheu milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo dignidade, educação e esperança”.

A Federação Espírita Brasileira prestou uma homenagem a Divaldo Franco nas redes sociais.

Um ato aberto ao público será realizado das 9h às 20h de quarta-feira (14), no ginásio de esportes da Mansão do Caminho, em Pau da Lima, para que as pessoas prestem suas últimas homenagens.

A pedido do médium, as cerimônias póstumas serão de curta duração, sem cortejo em carro aberto e o caixão permanecerá fechado. O sepultamento será às 10h de quinta (15), no Cemitério Bosque da Paz.

 

Vida e obra de Divaldo Franco

 

Reconhecido como um dos principais líderes religiosos do Brasil, ele começou a tratar o tumor assim que descoberto, ainda em fase inicial. O tratamento foi feito com sessões de radioterapia associada a “pequenas doses” de quimioterapia.

Natural de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, Divaldo dedicou mais de 70 anos ao espiritismo. Colheu os frutos de todo esse trabalho ao se consagrar como uma das vozes mais respeitadas na área.

Sua trajetória começou a ganhar destaque em 1952, quando fundou a Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador. A entidade acolhe e educa milhares de crianças que antes viviam em condições de miséria extrema.

Depois, na década de 1960, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico, transformando a entidade em um grande complexo educacional. Até hoje, o espaço atende crianças, jovens e famílias inteiras de baixa renda, com atividades diversas, ensino fundamental e médio, cursos profissionalizantes e atendimento de saúde. Todo o trabalho é mantido com a venda dos livros mediúnicos e das gravações de palestras, seminários, entrevistas e mensagens do próprio Divaldo.

 

O médium também fez carreira como autor de mais de 250 livros, muitos deles psicografados a partir de histórias de diversos espíritos. Em 2015, ele ganhou uma biografia assinada pela jornalista Ana Landi.

Divaldo Franco não deixou filhos biológicos, mas era reconhecido como pai de cerca de 685 pessoas que acolheu e instruiu ao longo dos anos na entidade espírita.

 

Mediunidade descoberta na infância

 

Nascido em 5 de maio de 1927, Divaldo Franco é o caçula de 12 irmãos. A biografia disponível na Mansão do Caminho conta que ele desenvolveu a mediunidade ainda na infância, mas sofreu com críticas e até surras dos pais que não entendiam e consideravam suas visões "demoníacas".

Com isso, seu contato inicial com o espiritismo foi difícil. Além da discriminação no meio familiar, Divaldo precisou lidar com visões perturbadoras e um espírito obsessor que o perseguia aos 7 anos.

A situação só melhorou anos depois, quando Divaldo enfrentou um problema de saúde que o deixou por meses acamado. Após recorrer a diversos médicos, a família enfim aceitou que uma médium o visitasse. Foi ela quem entendeu que ele era oprimido por um espírito e identificou sua mediunidade

 

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