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Presidente do INSS é demitido após PF descobrir desconto indevido, desde 2019, de R$ 6,3 bi de aposentados e pensionistas
Publicado em 24/04/2025 00:25
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A investigação começou na CGU, quando os auditores perceberam um salto nos valores dos descontos feitos por associações em benefícios do INSS.

 

Uma fraude que retirou indevidamente R$ 6 bilhões de aposentados e de pensionistas desde 2019 provocou nesta quarta-feira (23) a demissão do presidente do INSS.

Policiais federais e auditores da CGU foram às ruas para cumprir mais de 200 mandados de busca e apreensão e seis de prisão em 13 estados e no Distrito Federal, incluindo a sede do INSS. A investigação apreendeu carros e motos de luxo, relógios, arma, maços de dinheiro, joias e obras de arte.

De acordo com as investigações, entidades que representavam aposentados e pensionistas do INSS descontavam, de forma indevida, uma parte do pagamento sem autorização dos beneficiários, usando, por exemplo, assinaturas falsas.

 

“Pessoas que estão em uma fase já adiantada da vida e foram vítimas, digamos assim, fáceis desses criminosos que se apropriaram das pensões e aposentadorias”, diz Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.

 

A investigação começou na CGU, quando os auditores perceberam um salto nos valores dos descontos feitos por associações em benefícios do INSS. Em 2016, eram R$ 413 milhões. Em 2024, foram mais de R$ 2,8 bilhões. Aposentados confirmaram aos auditores que não autorizaram os descontos.

 

Uma das entidades investigadas é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, Sindnapi, cujo diretor vice-presidente é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula. O sindicato disse que apoia as investigações que devem ser feitas de forma rigorosa.

 

A pedido da PF, a Justiça afastou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que estava no cargo desde 2023, e outros cinco servidores da cúpula do instituto. Segundo investigadores, eles são suspeitos de omissão por não terem agido para impedir a fraude.

 

A defesa de Stefanutto não se manifestou. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, disse que iria esperar o processo.

 

 

"A indicação do doutor Stefanutto é da minha inteira responsabilidade. Um servidor que até o presente momento tem dado todas as demonstrações de ser exemplar", diz Carlos Lupi, ministro da Previdência Social.

 

Apesar da defesa do ministro, no começo da noite desta quarta-feira (23), Stefanutto foi demitido. O governo suspendeu os acordos com 29 associações.

 

 

 

 

 
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