Hospitais da Rede Ebserh são referências no atendimento humanizado e profissional a pessoas que gestam e recém-nascidos
Brasília (DF) – Garantir o cuidado perinatal. Essa é a meta da campanha do Dia Mundial da Saúde 2025, com o tema: “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”. Celebrada em 07 de abril, a data foi criada em comemoração ao aniversário da Organização Mundial da Saúde (OMS). Reconhecendo e promovendo esse propósito, hospitais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) têm desempenhado no Sistema Único de Saúde (SUS) atuações primordiais para a qualidade de vida das pessoas que gestam e seus bebês.
“No Brasil, onde as desigualdades no acesso à saúde ainda são significativas, essa campanha vem para conscientizar a população e mobilizar os profissionais de saúde sobre a necessidade de melhorar a assistência a gestantes e recém-nascidos”, observa Daniela Marques, chefe da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Sandra Valeska, chefe da Unidade de Saúde da Criança e do Adolescente da Maternidade Escola do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ME/CH-UFRJ) complementa: “Muitas complicações que levam à mortalidade materna e infantil, por exemplo, são evitáveis e estão diretamente ligadas à qualidade da assistência”.
De acordo com Sandra, garantir pré-natal adequado, parto seguro e neonatal qualificado são fatores que fazem a diferença no enfrentamento a esses problemas. Ela afirma que os casos de prematuridade extrema são um exemplo claro de como a qualidade da assistência impacta diretamente os desfechos maternos e neonatais. “Esse cuidado começa no pré-natal, com a identificação de fatores de risco e estratégias para reduzir a morbimortalidade infantil, como o incentivo ao aleitamento materno e a aplicação do Método Canguru”, emenda.
Os números da desigualdade
Em 2021, por exemplo, o Brasil registrou 110 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, um retrocesso aos índices da década de 1980, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Aqui a desigualdade apontada por Daniela é apresentada através dos números, tendo em vista que a mortalidade materna afeta desproporcionalmente grupos vulneráveis, especialmente mulheres indígenas e negras.
O Brasil busca atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável número 3 (ODS 3) e alcançar a taxa de 70 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.
Hospitais como o HC-UFU, em Uberlândia (MG); a ME/CH-UFRJ, no Rio de Janeiro (RJ); e a Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-URFN/Ebserh), em Natal (RN), são referências em fortalecer políticas públicas neste sentido. Diversas iniciativas promovem um atendimento de qualidade e equitativo aos corpos gestantes e recém-nascidos no SUS, buscando atuar em compromisso com o ODS 3.
“Podemos destacar no HC-UFU a implementação de protocolos de atendimento humanizado no pré-natal, parto e puerpério, a implementação dos 10 passos para o sucesso do aleitamento e o método canguru”, destaca Daniela Marques. Com mais de 200 substâncias, entre elas água, proteínas, carboidratos e vitaminas, o leite materno é considerado “padrão ouro” para a alimentação nutricional do bebê.
Iniciativas também incentivadas e oferecidas na Maternidade Escola da UFRJ. “Nossa equipe multiprofissional trabalha para prevenir complicações evitáveis, fortalecer o vínculo entre mãe e bebê e apoiar o aleitamento materno desde a primeira hora de vida”, explica Sandra.
Na MEJC, segundo a obstetra Maria da Guia de Medeiros, são atendidos pacientes com gestação de alto risco, oferecendo: o pré-natal de alto risco e exames como ultrassonografia, cardiotocografia, acompanhamento com cardiologista, endocrinologista, nutricionista, psicólogo, uma rede de apoio para um acompanhamento adequado. Além disso, a MEJC oferece Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, UTI Materna com suporte de vários especialistas, enfermaria de tratamento clínico para pessoas com gestação de alto risco e Casa da Gestante Bebê e Puérpera.
“Essa campanha reforça nosso compromisso em oferecer uma assistência mais humanizada, segura e eficaz, garantindo que cada gestante e cada bebê recebam o cuidado integral que merecem”, conclui Sandra.
O Dia Mundial da Saúde foi criado em 7 de abril de 1948, juntamente com a fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de conscientizar a população global sobre questões essenciais de saúde e incentivar ações que promovam o bem-estar. A data passou a ser oficialmente comemorada a partir de 1950, sendo escolhida para marcar o aniversário da OMS. A cada ano, a campanha destaca um tema específico, abordando desafios e prioridades da saúde pública em nível mundial, como acesso a serviços de qualidade, prevenção de doenças e promoção de hábitos saudáveis.
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.