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Quaest: rejeição a Marçal sobe, enquanto a de Nunes recua; Datena e Boulos lideram índice
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Publicado em 11/09/2024

Com maior tempo de TV, prefeito conseguiu reduzir fatia do eleitorado que não o escolheria na busca pela reeleição.

A nova pesquisa Quaest para a eleição de São Paulo mostra efeitos distintos na rejeição aos principais candidatos na corrida a menos de quatro semanas para o pleito. Enquanto o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), Luiz Datena (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) viram o indicador oscilar para cima, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem o maior tempo de TV na disputa, conseguiu reduzi-lo em cinco pontos percentuais desde agosto.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela TV Globo, que contratou o levantamento da Quaest. Datena segue como o nome mais rejeitado pelo eleitorado da capital paulista. O percentual dos que dizem conhecer o candidato e afirmam que não votariam nele passou de 56%, na pesquisa anterior, para 60%. Boulos aparece em seguida no ranking, com 48% de rejeição (eram 45%), seguido por Marçal, que marca 41%.

Conhecido pelo estilo provocativo nos debates, o candidato do PRTB foi quem mais viu o indicador avançar desde a última pesquisa, com alta de 6 pontos percentuais na rejeição. Já a rejeição a Nunes passou de 39% para 34%, em patamar hoje semelhante ao da candidata do PSB, Tabata Amaral, que não seria escolhida por 33% dos eleitores.

 

Avanço em intenções de voto

 

A nova pesquisa Quaest indica que o maior tempo de exposição na TV favoreceu o postulante à reeleição. O emedebista passou de 19% para 24% das intenções de voto em duas semanas e agora aparece numericamente à frente de Pablo Marçal, com 23%, e de Guilherme Boulos, que tem 21%. A margem de erro estimada para o levantamento é de três pontos percentuais para mais ou menos, o que significa dizer que o trio está tecnicamente empatado.

Os resultados da pesquisa apontam para uma recuperação de Nunes alavancada pelo voto dos mais pobres e dos menos escolarizados, segmentos que historicamente são mais impactados pela propaganda na TV, onde o atual prefeito tem 65% do tempo distribuído entre os candidatos no horário eleitoral. O emedebista avançou de 16% para 25% das escolhas daqueles que vivem mensalmente com até três salários mínimos, e passou de 21% para 29% das menções dos que estudaram só até o ensino fundamental.

Nunes disputa com Marçal o eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu apoiador, e viu o ex-coach sair fortalecido nesse embate após o 7 de Setembro. Em manifestação realizada na Avenida Paulista, o emedebista subiu no mesmo carro de som que Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas teve participação discreta, quase despercebida. Já o ex-coach, que dias antes havia viajado a El Salvador, desfilou entre os manifestantes para produzir conteúdo para suas redes sociais, sua principal plataforma de impulsionamento.

A pesquisa realizada pela Quaest entre 8 e 10 de setembro entrevistou 1.200 eleitores de 16 anos ou mais. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o número SP-09089/2024. 

 
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