Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
Na mira da PF, militares se blindam e empurram responsabilidade no roteiro do golpe para o governo Bolsonaro
Publicado em 20/02/2024 20:25
Novidades

Segundo oficiais ouvidos pelo blog, haveria ‘excessivo poder’ de influência atribuído a militares de baixa patente e sem contingente para mobilizar um golpe. Baseando-se nas investigações, a PF rechaça essa versão.

Em meio ao avanço das investigações, militares tentam blindar e minimizar participação de colegas na confecção do roteiro do golpe e se dizem preocupados com as conclusões às quais a Polícia Federal chegou em relação aos fardados na operação Tempus Veritatis, que apura uma tentativa de golpe pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Segundo oficiais ouvidos pelo blog, haveria “excessivo poder” de influência atribuído a militares de baixa patente e sem contingente para mobilizar. É o caso, por exemplo, do general Estevam Theophilo, comandante do Comando de Operações Especiais Terrestres (Coter), que teria sinalizado adesão aos planos de Bolsonaro.

De acordo com o Exército, o Coter fica em Brasília (DF) e não tem nenhuma tropa subordinada a ele. Já o Comando de Operações Especiais (Copesp) fica vinculado ao Comando Militar do Planalto, ou seja, não poderia tomar qualquer atitude sem a anuência do comandante do Exército. Oficiais ouvidos pelo blog destacam ainda se tratar de um grupo de planejamento, sem capacidade de atuação.

Outra crítica feita é em relação ao papel atribuído aos militares que trocaram mensagens com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. É o caso do coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o coronel Bernardo Romão Correa Neto e outros. A alegação é de que se trata de militares de baixa patente e cujos raios de influência não ultrapassariam seus círculos de amizades pessoais. Eles aparecem perguntando Cid se já haviam encontrado indícios de fraudes nas urnas e municiando o núcleo golpista com informações falsas.

A estratégia é tratar esses militares como espécie de coadjuvantes do roteiro do golpe - o que a PF rechaça, baseada nas investigações, além de repetir que militares que comparecer a encontros com Bolsonaro atenderam a chamados do chefe do Executivo. Problema- eram chamados para discutir atos ilegais- o que, obviamente, não está previsto na Constituição.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!

Chat Online