"Na medida em que algumas dessas pessoas sejam colocadas como investigado. Nós vamos ter outros caminhos do processo penal para trazê-lo, para requisitar documentos, para fazer busca e apreensão, para fazer o que for necessário em função das informações que começam a chegar", explicou o senador.
Cabe à CPI, ao fim dos trabalhos, caso constate irregularidades, pedir o indiciamento e a responsabilização de entes públicos ao Ministério Público.
Linhas de apuração
Wanjgarten, Pazuello e Ernesto já prestaram depoimento à CPI como testemunhas.
A comissão quer saber de Wajngarten principalmente o que aconteceu nas negociações da vacina da Pfizer. A empresa revelou que o governo brasileiros deixou sem resposta diversas ofertas feitas ainda em 2020.
À CPI, Wajngarten contou que um e-mail da Pfizer ficou dois meses sem resposta e que, quando ele soube da mensagem, tentou fazer a intermediação entre a farmacêutica e o governo brasileiro.
Pazuello era o ministro da Saúde no período em que o Brasil começou a negociar as doses da vacinas (não só as da Pfizer). A CPI quer saber dele porque o governo fechou em 2021 contratos que poderiam ter sido firmados em 2020. A comissão também apura o papel de Pazuello no colapso da saúde em Manaus e na defesa que o governo fez da cloroquina, medicamento ineficaz contra a Covid.
A apuração em torno de Ernesto busca esclarecer o impacto da gestão dele nas animosidades com a China, que atrasaram envios de matéria-prima das vacinas para o Brasil. A CPI também quer saber como foi a atuação das Relações Exteriores para trazer vacinas para o país e se o ministério atuou a favor da cloroquina.